Pelé

Virada de página

MINHA virada de ano foi recheada de “Love. Love. And Love !” – ditas por Pelé – ao som de “Love rescue me” (ou seria Lord rescue me?), do U2 banda de rock irlandesa. Que droga de tanto love! Ainda mais pra quem não tá confiando muito no poder de quem emite essa palavra atualmente…

Mas, associando tudo, e olhando alguns fatos da história do Rei do futebol, entre glórias, filhos perdidos pelo mundo, casamentos em série e choros quase injustificáveis, tenho a superficialíssima impressão de que Pelé deixou um tesouro incrustado bem aqui, e que estamos sentados em cima dele nesse exato momento. É claro que estou falando para quem mora nesta etérea cidade chamada Bauru. Um lugar onde histórias não são o que parecem e o tempo nos dá a impressão de girar em algum continuo espaço-tempo.

Enfim, acabo de perceber que, por razões comerciais que pouco importam agora, vivo na “atualidade” de uma cidade que AMA SEM PODER DECLARAR SEU AMOR por Pelé. Que também amou muito esta cidade sem poder declarar seu amor como gostaria.

Mas como num conto de ficção, eis que estamos o tempo todo indo e vindo no tempo sem saber em qual ponto está a realidade. O tempo se dilui junto com nós mesmos que estamos o tempo todo aqui sem estar. Nossa essência está em nosso coração, e “Onde estiver seu tesouro estará também seu coração” (Jesus Cristo). Faz sentido portanto sermos o lugar da contemplação que transforma o coração; como se diz também, a propósito, sobre a mãe de Deus.

Espero desenvolver mais esta estória e espero também que um dia ela sirva como inspiração para todos de Bauru abraçar a ideia de fazer dessa cidade algo que ela já é. O lugar onde se contempla com o coração, que inspira a alma que nos guia. Uma forcinha da prefeitura também seria interessante. Mas, na real, depois de tanto tempo de inação, é muito mais fundamental que o cidadão saiba que isso tudo pode ser feito sem a ajuda do poder público. Apenas que cada um pegue o seu destino pela mão.

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